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#2- Raphael Guerreiro: Um francês que celebrou a vitória portuguesa

  • Frederico Ferreira
  • 21 de jul. de 2016
  • 2 min de leitura

Quando descobri que Fábio Coentrão estava lesionado e não recuperaria a tempo do campeonato da Europa perdi um pouco da escassa esperança que tinha. Senti dúvidas se haveria alguém capaz de substituir a entrega, a velocidade, a qualidade ofensiva e defensiva que Fábio apresentava. Tinha medo. Medo porque o corredor esquerdo é uma das maiores fragilidades nacionais e são poucos os jogadores que nos transmitam segurança. Mas o engenheiro conseguiu garantir essa segurança construindo a sua obra com uma ferramenta fabricada em França.


Raphaël Adelino José Guerreiro, um nome que tem tanto de português como de francês. Nascido em Le Blanc-Mesnil, França, Raphael foi uma das peças fundamentais na conquista do Europeu. Quem o viu jogar o ano passado no europeu sub 21 perguntava-se como nunca tinha ouvido falar mais do mesmo. Felizmente, Rui Jorge deu-lhe a montra para que Fernando Santos ouvisse o suficiente.


Dotado de uma capacidade defensiva tremenda, traduzida em um posicionamento e marcação invejáveis, é um jogador que também apresenta uma qualidade ofensiva muito boa. Ataca com certeza; tabela bem e cruza ainda melhor. Tudo o que Fábio nos tinha habituado, Raphael trouxe com alguns extras e muito boas exibições que apesar de não terem sido galvanizadas foram, sem dúvida, muito importantes e, do ponto de vista tático, perfeitas. Embora tenha falhado dois jogos, a sua ausência foi sentida e foi um daqueles jogadores que pusemos as mãos na cabeça quando soubemos que estava fora do jogo contra a Hungria e a Polónia.


Apesar dos seus tenros 22 anos, já tem uma bonita história no futebol. Começou no Caen e bastou-lhe apenas uma temporada para se mostrar ao Lorient onde jogou durante três épocas e suscitou o interesse de vários colossos do futebol, conseguindo uma ida para o Dortmund graças às boas exibições no torneio. Foi também finalista vencido do Europeu sub 21, em 2015, tendo ingressado a equipa do torneio como melhor lateral esquerdo da competição. E, como Deus escreve direito em linhas tortas, repetiu o feito no Europeu de 2016 mas com um bónus: A Taça.


Certamente que Camões é contra os estrangeirismos, mas para Raphael só tem uma palavra: Merci.



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