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Ordem para sonhar

Nos dias de hoje, pode dizer-se que o jogador português é considerado o “jogador da moda” e tem cada vez mais visibilidade no estrangeiro devido a vários fatores. Fatores como a vitória do Europeu de Sub 19, o sucesso da armada portuguesa no Wolves que vai brilhando na Premier League ou a aposta do Benfica na prata da casa.


A questão financeira também é relevante já que nos dias de hoje, com o mercado inflacionado no que toca à compra de jogadores, o jogador proveniente de um clube português acaba por ser sempre mais em conta do que um qualquer jogador da mesma qualidade num dos principais campeonatos europeus.


Desde aquela geração designada de “Geração de Ouro” que foi campeã de dois Mundiais de sub 20 em 1989 e 1991, onde atuavam nomes como Luís Figo, Rui Costa, Paulo Sousa, Vitor Baía, Fernando Couto ou João Vieira Pinto, nenhuma geração tinha causado tanto impacto como a dos jogadores nascidos em 1999. Esta nova fornada de jovens jogadores portugueses está a dar que falar e são vários os nomes a imporem-se desde já em equipas seniores e a darem nas vistas.


Um dos casos que mais salta à vista é o do novo “menino prodígio” do Sport Lisboa e Benfica, chamado João Félix. Félix é um jovem que detém uma qualidade técnica e visão de jogo bastante apurada e uma enorme personalidade em campo, estando sempre em jogo e a dar soluções variadas à equipa, quer com, quer sem bola. Outros também já vão tendo bastante tempo de jogo nas equipas principais de equipas de renome, são disso exemplo: Rafael Leão (Lille), Domingos Quina (Watford), Rúben Vinagre (Wolverhampton), Diogo Dalot (Man. United), Gedson Fernandes, ou mais recentemente Florentino Luís, ambos no Benfica.


Um dos principais potenciadores desta geração é a academia do SL Benfica, que desde a sua reestruturação e investimento na formação (criação da Benfica Lab foi um grande passo neste desenvolvimento), tem tido um grande impacto nos escalões jovens da Seleção Naciona, isto porque nas suas convocatórias há sempre uma predominância de jogadores que atuam nas camadas jovens do Benfica.


Já o Sporting, embora sem o impacto de outros tempos, continua a transportar talento para as seleções jovens, tal como o FC Porto. Nos dias de hoje, juntam-se a estes três grandes do futebol português, o SC Braga também como um bom clube formador, aparecendo nas seleções jovens cada vez mais atletas formados na equipa Bracarense, devido ao forte investimento da equipa de António Salvador na formação, que nos últimos tempos tem lançado jogadores como Bruno Xadas, Francisco Trincão ou mesmo o médio defensivo Xeca, companheiro de equipa do Rafael Leão, na equipa sensação da Liga Francesa.


Outro dos grandes impulsionadores, crédito onde é devido, deste desenvolvimento dos jovens atletas nacionais é o empresário Jorge Mendes, que agencia grande parte dos jogadores portugueses que estão a ter impacto no futebol mundial. A verdade é que o empresário cria-lhes condições de desenvolvimento em clubes onde eles podem evoluir e mostrar o seu futebol, como é o caso do projeto do Wolverhampton, que de momento acolhe 8 jogadores portugueses. Também as boas relações de Jorge Mendes com clubes de topo mundial que facilitam transferências dos jogadores sob a guarda do super-agente para grandes clubes, como foi o caso do Bernardo Silva e do João Cancelo, mais recentemente, acabam por ter um papel preponderante no “rumo ao estrelato” do jogador nacional.


Num futuro próximo, quem sabe no Mundial 2022, talvez possamos ter uma seleção portuguesa em que a maioria dos jogadores possa ter impacto nas maiores ligas do mundo... Uma seleção com fome de títulos.


Imaginemos então nesse sentido um 11 titular para daqui a três anos:


Rui Patrício; João Cancelo, Rúben Dias, Diogo Leite, Rúben Vinagre; Rúben Neves, Bernardo Silva, João Félix, Bruno Fernandes; Rafael Leão e Jota Filipe.


Havendo outras opções à espreita, como Diogo Dalot, Bruma, Domingos Quina, Florentino Luís, Francisco Ferro, Gedson Fernandes... podemos prever um futuro risonho para a nossa seleção.

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