Facilidade Constante, Preguiça Dominante
- Ana Paiva
- 23 de jul. de 2016
- 1 min de leitura
Numa geração movida a facilidades em que o amor não exige esforço, o romantismo está esquecido, e o “contentar-se com pouco” é o prato do dia. Atualmente, a facilidade lidera a vida das pessoas, acabando por criar uma rotina que, por vezes, em nada ajuda. Tudo acaba, eventualmente, por perder o seu valor, e o ser humano aprende a viver assim, originando um mau hábito em que se aprende a viver com o “saber a pouco”.
Hoje em dia, conhecer alguém está à distância de um “clique”, o que faz com que a melhor parte seja omitida: o contacto pessoal. Isto não significa, porém, que seja negativo porque todos temos acessibilidade para conhecer pessoas novas e, assim, aumentar o círculo de amizades. Contudo, através desta forma, perde-se muito. Perde-se a gargalhada que poderíamos partilhar, perde-se momentos de telepatia, perde-se o consolo. O contacto pessoal é importante no intuito de solidificar relações, sejam elas quais forem. Nos dias que correm, os “likes” despertam as borboletas na barriga porque a facilidade assim o habituou. Estamos todos muito errados sobre como despertar os bons sentimentos.
Não apelo a que passemos dificuldades no amor, na nossa profissão ou entre amigos. Incentivar à atitude é importante e não deveria ser um “deixa para mais logo”. Podemos mover montanhas todos os dias por todas as pessoas que o merecem. Não se deixem dominar por um simples “Para quê movermos montanhas se podemos simplesmente não nos mover?”.
Camões não só moveria montanhas como também bravos mares para concretizar objetivos. Será que aprovaria a inércia que atualmente domina a sociedade?

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