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#6 - William de Carvalho : A 10km/h a 100% de qualidade.

Como benfiquista torna-se esquisito e difícil escrever este artigo, contudo, o seu contributo para com a seleção é inegável e é por isso que hoje vou analisar a grande prestação de William de Carvalho no Campeonato da Europa.

William de Silva de Carvalho, nascido em Luanda, Angola, em 1992, é uma das caras da nova geração de ouro que agora dá cartas. É um dos primeiros jogadores a que associamos quando falamos do progresso da formação de jovens talentos em Portugal e é um dos líderes e produtos da formação leonina.

Após um empréstimo ao Fátima e ao Cercle Brugge, William recebeu oportunidade por Leonardo Jardim e foi ai que começou o percurso invejável do médio, percurso este muitas vezes criticado.

William é um jogador muito criticado. Infelizmente, não só criticado pelos adeptos rivais que afirmam que o jogador não é extraordinário como fazem parecer, mas também pelos próprios apoiantes , aclamando que este é muito lento e , por vezes, imprudente. Como adepto de fora, é mais fácil analisar a sua real qualidade : De facto, é um jogador que por vezes demora a executar, mas é apenas uma falha no meio de tantas qualidades. Estamos a falar de um médio defensivo com uma enorme capacidade de destruir jogo, algo que é imprescindível para a posição que desempenha, com um sentido de jogo muito apurado, sabendo onde se posicionar na defesa e uma capacidade notória de levar jogo para a frente. A transição defesa-ataque do Sporting passa pelos pés de William e na Seleção não ficou indiferente.

Apesar de não ter começado como titular, suplantou bem a fraca exibição de Danilo contra a Islândia. O meio campo foi ganhando outra forma com a sua presença que era apenas a primeira peça do puzzle que Fernando Santos iria montar no meio campo. No momento que se juntou a Adrien, Renato e João Mário estava tudo encaminhado para transmitir segurança, mas até lá, William tratou dela sozinho. Com enormes passes de uma ponta a outra do campo, a operar contra-ataques, matar ataques adversários e dominante no jogo por alto e a permitir que Adrien e Renato subissem com certezas , o trinco foi uma das peças fundamentais.

Esta vitória foi apenas o triunfar de um trabalho passado de um jogador que cada ano se afirma mais. Há que destacar que foi um dos finalistas vencidos no Europeu sub-21 de 2015 , sendo mesmo eleito como melhor jogador do torneio e marcando presença na melhor equipa.

Camões só desejaria ter um exército de Williams, assim a defesa estava assegurada.


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