O ensino como liberdade de escolha e gerador de diferença
- Sérgio Sousa
- 4 de ago. de 2016
- 2 min de leitura
As férias de verão são sinónimo de descanso e diversão, porém, são muitos os jovens que por esta altura se deparam com dilemas relativos ao seu futuro académico. Não me refiro apenas ao ensino superior, mas também ao secundário. Por mais que contestemos, ambos traçam um pouco da nossa escolha para o futuro.
Antes de mais e começando por baixo na hierarquia escolar portuguesa, quero esclarecer-vos e, de certa forma, desmistificar algumas formas de pensar à cerca do ensino secundário. Existem imensas e muito diversificadas áreas e cursos, cuja exigência (reparem que não falo em dificuldade) varia consoante as disciplinas de estudo nelas/es exploradas. É comum ouvir dizer-se que Ciências e Tecnologias é a área mais abrangente, mais “difícil” e também com mais saídas. Estas afirmações refletem-se nas estatísticas do curso, observando-se que muitos jovens ingressam nesta área apenas devido a estas constatações, mesmo que não se identifiquem com as matérias nela abordados. Este artigo passa precisamente por criticar esta atitude, deixando um apelo a todos os jovens estudantes: não deixem de seguir a área de estudo que mais vos agrada apenas por influência de terceiros.
Todos os cursos – profissionais e cientifico-humanísticos – têm o seu nível de exigência. Não existem melhores ou piores. Se uma das áreas fosse melhor que todas as outras, o ensino estaria organizado de uma forma mais homogenia, porém, o objetivo é garantir que cada um possa estudar aquilo com que se identifica, estabelecendo metas para o futuro. O objetivo é garantir liberdade de escolha. Só assim observaremos uma menor formatação da classe jovem e, consequentemente, uma maior diversidade de opiniões.
Secundário feito e exames concluídos, é altura de fazer a candidatura ao ensino superior. Por esta altura é necessário estar consciente daquilo que nos fascina e nos suscita especial interesse aprofundar.
O ensino superior é muito vasto e são muitas as opções de escolha disponíveis. A primeira decisão passa precisamente por selecionar, de forma consciente e ponderada, a licenciatura. Não se preocupem com a abrangência da mesma, mais tarde poderão especializar-se – mestrado/doutoramento/pós-graduações – numa área dentro dos estudos gerais que escolheram.
Em suma, com este artigo tive por objetivo principal constatar factos e esclarecer, de algum modo, algumas das dúvidas que podem surgir nesta fase. Não querendo tornar o artigo exageradamente extenso, tentei focar-me apenas nos tópicos mais importantes. Confesso que possivelmente não sou a pessoa mais indicada para escrever sobre este assunto, tendo em conta o meu percurso enquanto estudante. Contudo, tendo plena consciência da complexidade destas etapas, decidi tentar exprimir as dúvidas que tive em género de texto informativo.
Camões enquanto génio da literatura portuguesa sempre seguiu aquilo que mais o fascinava. Por mais dificuldades e barreiras que surgissem, este incrível poeta nunca desistiu da sua paixão – a escrita.

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