top of page

POSTS RECENTES: 

Suicide Squad- Passei a querer ser um vilão!

  • Filipe Carmo
  • 18 de ago. de 2016
  • 3 min de leitura

Sejamos racionais. A nossa cabeça não está preparada para ver vilões a salvar a humanidade, e talvez seja isso que faz de Suicide Squad um filme do outro mundo (literalmente). Mas que mundo é este? Assumindo agora que os meta-humanos existem, assume-se também o medo da ameaça que estes possam representar, e é com isso que surge uma equipa de vilões tão loucos quando loucas são as ameaças.



E é logo no inicio que a DC ganha os primeiros pontos nessa feroz competição com a Marvel, pois é ela que detém os direitos dos dois maiores super-hérois de sempre (Batman e Super-Homem), e consegue extrair deles o máximo, sempre de uma forma sempre inteligente. Num inicio que nos tira o fôlego, surge a referência em relação ao filme que antecede este, onde há tempo até para uma pequena participação do novo Batman de Ben Affleck. Depois de estabelecida a ligação, é sempre a subir.


O ponto mais positivo deste Suicide Squad é sem sobra de dúvida as suas personagens, e a forma sobrenatural como o elenco (a meu ver escolhido a dedo) as assume. Mas vamos por partes:


- Deadshot representa uma espécie de capitão. Numa luta interior devido ao afastamento da filha, é ele quem segura as pontas de uma equipa sempre na eminência de se separar. Interpretado pelo enorme Will Smith, há sempre muita expetativa em relação às suas perfomances, e desta pode mesmo esperar-se muito.



- Harley Quinn tem a forte capacidade de nos deixar apaixonados. É ela quem leva o filme para um outro nível, em que a comédia se alia ao poder de sedução que possui. E sabendo disso, a história aproveita-se dela e daquilo que ela pode dar ao espetador. Margot Robie prova que é uma atriz a ter em conta nesta nova geração.



- Amanda Waller é a mulher misteriosa e corajosa que reúne esta equipa suícida. Viola Davis precisava há muito de um papel como este para nos provar o que vale, e não desiludiu.



- Por fim, mas não menos importante, um Joker que contribuiu para que Suicide Squad fosse o filme mais esperado do ano. Jared Leto cumpre, mas não o suficiente para fazer esquecer Heath Ledger.



Ainda assim, e como quase tudo na vida, Suicide Squad tem falhas. A mais pesada e significante é a de fazer parecer que havia a urgência (e com isso desleixo) em trazer-nos este filme. A história não segue uma linha, e não é, de resto, tão boa quanto o que poderia ser. A trama central é no entanto salva pela conhecimento da história destas personagens, que se desenrola à medida que o filme avança, e é assim que mais uma vez o elenco ajuda a atribuir qualidade.

Apesar desta questão negativa, não consigo deixar de gostar deste filme, que de uma forma geral está bom, porém, sempre com o sentimento de que poderia ser o melhor do gênero caso tivesse uma história à altura das suas personagens.


No entanto, e em suma, Suicide Squad ultrapassa tudo o que conhecíamos de um mundo cheio de figuras sobre-humanas, principalmente porque estes vilões nos apaixonam, e isso é estranho. Agora é esperar por mais como este, mas atenção, a partir de agora será muito difícil ver filmes de super-heróis, depois de saber que há vilões como estes por aí.


Nota do Camões: 7/10.


Nota: Outra das peças fundamentais para o sucesso do filme é a grande banda sonora que o acompanha, e é por isso que a disponibilizamos abaixo através do Spotifiy. Aproveitem!



Comments


bottom of page