11 de Setembro- Terrorismo ou Manipulação?
- Mauro Salgueiro Delca e Tiago Correia
- 11 de set. de 2016
- 3 min de leitura
Desde 2001, sempre que chegamos ao dia 11 de Setembro, há um reviver do passado sem precedentes. Toda a gente sabe que naquele dia o mundo como nós o viamos mudou drasticamente. A questão que se continua a fazer ano após ano é: “ Onde estavas e o que estavas a fazer no 11 de Setembro? “ Esta questão é repetida porque se sabe que o que biliões de pessoas viram pela televisão foi um “filme” real que nos mostrava o fim de uma era.
Esta nova era, este novo tempo que chegava com este atentado fez com que a noção de terrorismo ganhasse novos contornos. Na história há casos de milhões de mortos em guerras, batalhas que eram praticadas sobretudo através de ações militares. A partir daquele dia o terrorismo mediatizou-se. É considerado o maior atentado porque foi o primeiro na história a ter uma transmissão audiovisual por todo o mundo com este impacto. Ao mesmo tempo foi o primeiro na história em que civis foram atacados enquanto trabalhavam, enquanto passavam com as suas famílias. Este é o atentado em que cada um de nós foi atingido pelo que viu. Foi um atentado praticado contra a América e contra a liberdade do mundo.
Os Estados Unidos da América conhecidos pelo seu poder mundial estavam a ser atingidos nos corações económico, político e militar do seu país. Dois aviões a colidir com as famosas Torres Gémeas do World Trade Center. Centenas de pessoas a atirarem-se desses prédios de 110 andares na ânsia de não morrerem queimados. Um pentágono a arder após uma fortíssima explosão. E ainda um quarto avião que acabou por cair num penhasco por salvaguarda dos passageiros do VOO 93 da América Airlines. 2996 mortos e a certeza de que o Século XXI traria novas formas de pensar sobre o conceito de terrorismo.
Contudo, se pela maioria o que se sucedeu há precisamente 15 anos foi chamado de terrorismo, as sempre habituais teorias da conspiração não faltaram e em massa neste caso. Questões extremamente pertinentes inundam a internet até aos dias de hoje... e continuarão: “é muita coincidência o único avião desviado ser o que tinha como destino a Casa Branca”; “um embate de um avião não cria o calor suficiente para o ferro dos alicerces das torres derreter, mas elas derreteram”; “como é possível as torres caírem a direito desde a base se o embate dos aviões foi no topo?”
Todas estes reparos têm uma enorme razão de ser. E os dois últimos tratam-se de factos científicos a serem desafiados pela teoria explicativa oficial. Para além destes, há mais factos a alimentar e a dar força às teorias da conspiração: George W. Bush era um presidente fraco a nível de popularidade. Com os supostos ataques de 11 de Setembro, os Estados Unidos da América tiveram um motivo para intervir de forma bélica no Iraque. Para combater o que aconteceu simplesmente? Claro que não. Em busca de “ouro negro”, petróleo.
Curiosamente, ou não tão curiosamente, por motivos lógicos, a popularidade de George W. Bush aumentou claramente com a intervenção norte-americana em solo iraquiano uma vez que esta era justificada pelo presidente como uma forma de combate ao que se tinha sucedido em 11 de Setembro. Sem esta intervenção, possivelmente o poder de Bush seria contestado de uma forma como nunca foi e, se o seu mandato chegasse ao fim, este não seria com toda a certeza reeleito em 2004.
Citando Break0ut, rapper português, ao invés do habitual Camões: “por mudança parece normal o Bush fazer a shit que fez no Iraque”. Parece normal, claro, mas a justificação dada para explicar o 11 de Setembro também parece normal. Se é ou não verídica? É outra questão.

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