Stranger Things: O terror a ganhar novos contornos
- Filipe Carmo
- 7 de out. de 2016
- 2 min de leitura
Acho que de uma forma geral, a grande maioria das coisas na vida merece uma oportunidade. Foi a pensar desta forma, que mesmo sem nunca me ter sentido seduzido pelo terror, decidi ver Stranger Things, uma das grandes apostas deste ano da Netflix, a empresa de streamings que cada vez mais merece a nossa atenção.
Não precisei de muito para perceber as reais capacidades desta série, em que o que demorou foi percebê-la na sua totalidade. No entanto, é precisamente esse um dos pontos fortes desta trama, essa capacidade de desvendar peça a peça, sem pressa, a cada episódio que passa.
A história centra-se num acontecimento anormal, que vai envolvendo personagens com o seu desenrolar, onde os grandes protagonistas são quatro crianças. Tudo começa quando uma delas desaparece misteriosamente, até que se torna percetível que existe uma "pitada" de sobrenaturalidade em tudo isso. De uma forma um pouco subliminar, há outras pequenas histórias que se desenrolam, como uma paixão muito peculiar entre 2 crianças, uma mãe desesperada que se torna uma heroína, e um polícia que procura salvar uma criança depois de ter perdido a sua própria filha.
O 8 episódios de uma hora tornam-na ainda mais agradável de ver, numa história que evita os rodeios e é sempre muito interessante do inicio ao fim. Apesar dos grandes sustos que assumo ter sofrido, tudo torna esta série no mínimo especial. No elenco há destaque para as três crianças a quem a série dedica mais tempo, que representam os seus papéis como gente grande. Também o enquadramento temporal lhe atribui beleza, sendo que a história decorre nos anos 90, o que permitiu a utilização de uma banda sonora fantástica, com músicas bem conhecidas da época.
Stranger Things ajuda a colocar a Netflix ao lado das grandes cadeias televisas americanas, e gostando ou não de terror, façam como eu, porque vale a pena dar-lhe uma oportunidade.

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