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Ederson: Um muro de carne e osso

Não, não é Donald Trump que hoje vos escreve, no entanto, irei abordar uma temática fundamental e muito querida para o presidente dos EUA: muros.

E foram vários os que, ao longo da história da humanidade, se construíram com o intuito de proteger ou separar algo. Seria culturalmente enriquecedor elaborar e publicar textos sobre o muro das lamentações, o muro de Berlim ou o muro de Israel, contudo não é o que me traz cá. Como conseguirão imaginar também, este artigo nada terá a ver com construção civil.

Estou aqui para falar-vos de um muro que nasceu no Brasil, que em 2009/2010 emigra para Portugal e que, muito em breve, será tão grande que será impossível a sua permanência no nosso país, introduzo-vos Ederson Moraes. O muro da Liga NOS.


Ao longo da sua, já longa, estadia em Portugal, Ederson tem demonstrado toda a sua qualidade em campo. Faltam-me os elogios e os adjetivos para descrever este menino que já é senhor no futebol. Basta assistirmos aos jogos do clube da luz para se notar toda a segurança e confiança que Ederson transmite, não só aos seus companheiros em campo, como aos adeptos nas bancadas.


No jogo de anteontem frente ao Dortmund, a contar para os oitavos de final da Champions League, fui quase que obrigado a escrever este artigo. Posso afirmar, com todo o respeito pelos restantes jogadores que, Ederson foi o grande obreiro desta vitória, encheu completamente a baliza, defendeu um penálti e travou inúmeras vezes, com defesas cirúrgicas, bolas claras de golo.


A preponderância que o jovem guardião brasileiro tem, dentro da equipa, é brutal. Não é qualquer jogador que consegue colocar um grande e histórico guarda-redes, como é Júlio César, no banco de suplentes. Júlio que foi e continua a ser uma peça fulcral na afirmação do jovem brasileiro. Quase como um mentor. Tantas conquistas, felicidades e infelicidades que as suas luvas transportam, experiências valiosas que são transmitidas a Ederson.

Acredito que estejamos perante o futuro titular da seleção brasileira, Ederson tem feito por merecer a chamada à seleção canarinha. Brasil que, ultimamente, tem apresentado algum défice de qualidade nos guarda-redes, desde a saída de Júlio César após o Mundial de 2014. Tanto Tite como Taffarel não andam desatentos, sabem que o jovem guarda-redes é uma solução válida para alguns dos seus problemas. Penso que possamos esperar uma chamada de Ederson à seleção penta campeã do mundo, muito brevemente.


Pelo nosso futebol, passaram alguns dos melhores guarda-redes de sempre. Bento, Peter Schmeichel, Vítor Damas, Vítor Baía, Michel Preud'homme...

Não tenho a mínima dúvida que Ederson será tão grande, ou maior que qualquer dos nomes referidos anteriormente.


Com tanto talento, e em tão tenra idade, se tudo correr naturalmente, será muito complicado manter Ederson por muito mais tempo no Benfica.



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