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Fences - Do teatro para o grande ecrã

Desengane-se quem achava que apenas La La Land era digno da nossa atenção do lote vasto de filmes que encabeçam os Óscares este ano. Fences passa pelo tapete vermelho no dia 26 deste mês com quatro nomeações.


A 26 de Março de 1987 estreava em Broadway a peça “Fences”, ou “Vedações” em Português. Escrita e dirigida por Lloyd Richards, a peça saía de cena após ter subido ao palco por 525 vezes. Esta produção acabaria por brilhar na edição anual dos Tony Awards, a cerimónia que premeia os melhores dos melhores no teatro. 23 anos depois, em 2010, Denzel Washington e Viola Davis assumiam os principais papéis no regresso desta mesma peça aos grandes palcos, o mesmo Denzel Washington que cumpriria o desejo de Richards, que tinha exigido que a sua adaptação em guião fosse dirigida num filme por um Afro-Americano, levando “Fences” ao grande ecrã em 2017, com os mesmos protagonistas que a representaram em palco 7 anos antes.


A história é protagonizada por Troy Maxson, um homem duro, astuto, de personalidade vincada e forte, e por Rose, a base familiar e o grande apoio do seu marido, sendo que esta mulher vive conformada com isso. O filme traz-nos mais personagens, sendo que todas elas são essenciais à história, como Gabe (o irmão de Troy que vive com uma lesão cerebral após ter combatido na 2ª Guerra Mundial), Lyons (o filho de Troy que quer ser independente mas continua a precisar do dinheiro do pai) e Cory. É sobre este último que o fime se debruça, já que Cory é o filho de Troy e Rose, um jovem que pretende jogar baseball e fazer disso vida, contra à vontade do seu pai.


Fences é um drama que nos envolve durante as duas horas, e que em momento algum nos deixa respirar ou fechar os olhos. A revolta de Troy é a grande premissa do filme, e apesar do mesmo girar todo à sua volta, a ideia que nos é deixada é a de que não são apenas os seus desejos e as suas vontades que devem ser respeitadas.


O facto de “Fences” ser uma adaptação cinematográfica de um êxito dramatúrgico é várias vezes percetível, tanto pelas suas longas cenas (que apesar disso nunca são enfadonhas), como pela força dos seus diálogos, que nos deixam em mente frases muito poderosas.


Sobre os Óscares, “Fences” tenta a conquista dos prémios de melhor filme, melhor atriz num papel secundário (Viola Davis), melhor ator principal (Denzel Washington) e melhor argumento adaptado, sendo que acredito que o filme é o forte favorito dos dois últimos.


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