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Bruno Lage: Encanto válido ou injustificado?

Bruno Miguel Silva do Nascimento, mais conhecido como Bruno Lage no mundo do futebol, faz, cada vez mais, parte da agenda desportiva nacional. O dia de hoje não foge à norma, ficando marcado pela revisão do seu contrato com o Sport Lisboa e Benfica. A data do término do vínculo (2023) permanece intacta, no entanto, foram acertadas algumas premissas respetivas às matrizes financeiras.


Mais importante do que discutir quanto é que o técnico aufere no Benfica, é verificar o impacto que o “efeito Lage” teve no plantel encarnado. Onze jogos traduzem-se em dez vitórias e uma derrota, 35 golos marcados e 10 sofridos, números que valem por si só, e que se tornam ainda mais positivos se os conjugarmos com a refrescante configuração que o treinador trouxe à formação benfiquista. O rendimento dos jogadores aumentou exponencialmente, Pizzi é o exemplo claro disso, face à influência que desempenha no estilo de jogo do Benfica.


Com Bruno Lage no comando técnico, o Benfica deixou de jogar “lento, lento”, como Luís Filipe Vieira chegou a classificar o futebol praticado pela equipa, na altura, liderada por Rui Vitória. Outro facto que deverá ter pesado na altura de renovar com Lage, foi a continuidade da aposta na formação, como ficou claro no jogo dos ‘16avos’ da Liga Europa frente ao Galatasaray, onde o técnico alinhou com seis jovens formados no Seixal.


Outra realidade não seria de esperar, pois Bruno Lage já era uma bandeira da formação encarnada, tal como Renato Paiva, Pedro Valido, entre outros grandes nomes conhecidos e valorizados pelo seu trabalho no desenvolvimento de vários jogadores de renome internacional – Bernardo Silva, João Cancelo, Renato Sanches…


Como é claro, é mais fácil analisar qualquer aposta à posteriori, e agora será simples dizer que a escolha da direção do Benfica foi acertada. No momento da apresentação de Bruno Lage como treinador da equipa principal, grande parte da massa associativa nunca colocou em hipótese que a equipa apresentasse esta qualidade futebolística, que ganhasse um jogo por 10-0, ou que os rivais desafiassem entidades competentes a realizarem testes de antidoping para os jogadores encarnados.


O futebol é o mundo apaixonante que todos conhecemos, o que hoje é realidade, amanhã não passa de ficção. O que leva as pessoas, muitas vezes, a confundirem-no com a sua vida pessoal. Quanto a Bruno Lage, estamos perante um fenómeno do futebol português ou, apenas, um sucesso precoce com fim à vista?


Fonte: Correio da Manhã

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